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quinta-feira, 12 de junho de 2014

Choro de um Yakuza - 11° Capítulo

   
11. Sequestro II
Marina abre seus olhos lentamente, eles pareciam inchados. Na frente dela, Norito estava desacordado e com sérios ferimentos. 
-‘O que aconteceu...? – fecha os olhos – ah....agora me lembro, acordei  primeiro e eles começaram a me bater.....porém não resisti e desmaiei......não sinto meus braços e está difícil respirar....se eu não demonstrar que acordei eles não vão me bater, mas, se eu não der um fim nisso, Norito pode se machucar....o que faço? – tenta mover um dedo – parece que fiquei na mesma posição por muito tempo... – ouve uma batida – Norito?!’ – abre os olhos e Norito estava sendo carregado por um homem enorme. 
-Ora... – uma mulher ao lado do homem diz – parece que terei diversão para mim também. 
A mulher puxa Marina pela camisa até que a cabeça de ambas fica de frente uma para outra. 
-Que pedaço de merda lindo... – a mulher diz e da uma tapa em Marina - ver você sendo comida por alguns caras deve ser fascinante, o que acha número dois? 
O homem que estava carregando Norito o joga contra uma parede, vira-se para a mulher e diz. 
-Seria bom.... Quer que eu chame os caras? 
-Sim.. - da um soco em Marina - enquanto isso o outro pedaço de merda acorda. 
Em um restaurante, uma mulher de alta classe comia em uma mesa central e separada das outras. Murilo e Samantha entram e sentam-se na frente dela. Rono e Tsune ficam um pouco distantes. 
-Apesar de ser uma honra vê-la, Samantha querida, Por que atrapalham o meu almoço? 
-Minhas humildes desculpas Luna. - Samantha fala - mas, tenho um assunto urgente.... - é interrompida. 
-Nada é mais urgente que uma refeição. - a mulher diz. 
-Está zangada comigo ou algo parecido? 
-Não que me lembre. 
-Soube que o escritório foi atacado? - Murilo pergunta - Mais cedo, dois funcionários estão perdidos. 
-Escritório....? - revira os olhos, olha nos de Samantha - cheguei ainda pouco de Nagoya, como poderia saber? Se está pensando que fui eu.... Se engana. Agora saiam e me deixe comer, a presença de vocês está deixando minha comida sem sabor. 
Murilo tenta falar algo, porém, é barrado por Samantha. Na rua, Samantha começa a colocar suas luvas e Murilo a indaga. 
-Por que fez aquilo?! Não é obvio que foi ela?! 
-Como o esperado de alguém para a sua idade.... - Samantha fala cerrando os dentes - se há algo que conheço bem é os Barões, se ela diz que não foi ela olhando nos seus olhos, quer dizer que não foi. 
-E o que vai fazer?! 
-Da minha equipe cuido eu Barão.... - segue até o seu carro - vamos remarcar a visita de hoje se não se importa. 
-Si-sim.... Se precisar de algo...!? 
Tsune dirige até o prédio, todos estavam reunidos tentando achar pistas. Samantha entra e vai até a sua mesa. Senta na cadeira e respira fundo. Ao ver isso, todos colocam suas luvas. 
-A situação é bem engraçada.... - levanta-se e da um soco na mesa, essa que, quebra ao meio - alguns filhos da puta do caralho vieram a minha casa, destruíram a minha paz e me tiraram duas de minhas crianças! Não foi nenhum Barão. Não temos pistas. Estamos fudidos até o por não cumprir as tarefas de hoje - Tsune sai do celular - e eu estou transbordando de raiva.... Eu quero que achem quem fez isso, maltratem, deixem eles verem entes queridos sofrerem na sua frente, torturem, esmaguem e não deixem rastros. Vocês tem a minha permissão. ACHEM ESSES FILHOS DA PUTA! E EU QUERO SABER QUEM PLANEJOU TUDO ISSO! QUEM FOI DONO DO CARALHO QUE FEZ ISSO! EU FUI CLARA?!!! 
-Sim! - todos respondem. 
-Achei. - Tsune diz. 
Ao abrir a porta de um pequeno galpão em uma cidade deserta, a equipe de Samantha vê Norito amarrado e sendo carregado por um homem enorme enquanto que uma mulher aplicava algo em Marina, que estava de sutiã e calcinha, apenas. 
-Onee-san, parece que eles chegaram.... - o homem diz jogando Norito longe. 
-Idiota! - a mulher fala, joga Marina no chão e pisa na cabeça dela - esses não são os caras! 
Compulsivamente, Samantha começa a fumar e diz. 
-Vão. 
Os homens ao seu redor se movimentam tão rápido que os inimigos nem percebem. A maioria deles atacam o homem e num piscar de olhos, a mulher recebe um soco de Tsune e voa. Tsune coloca o seu terno em Marina e a coloca no colo. 
-Está tudo bem agora.. - Tsune diz e a garota apaga. 
Ao entregar a garota para Thomas, Tsune vai até Norito, retira as amarras do braço dele e o coloca no colo. 
-Vem sempre por aqui...? - Tsune pergunta. 
-Só quando sou....raptado... 
-Consegue andar? 
-Acho que... sim...  
Tsune coloca o rapaz de pé e o apoia em Thomas que vinha correndo o pegar. Ao ver Thomas o levando para o carro, Tsune para ao lado de Samantha e diz. 
-Suas ordens? 
-Continuam as mesmas. E cuide daqueles carros, parece que os convidados da festa se atrasaram. 
-Sim. 
-Francamente - joga o cigarro no chão e anda em direção do carro - um dos meus melhores amigos e a pessoa que amo? Esses caras não tem medo de ficarem inférteis em uma cadeira de rodas? 
Samatha começa a dirigir. Norito coloca Marina em seu colo e a segura. Lágrimas caem dos olhos do rapaz e Samantha o olha pelo retrovisor. 
-Alguma dor que não possa suportar? - Samantha pergunta preocupada. 
-Eles iam estuprá-la...... na minha frente..... eu fui um inútil.... 
-Suportou bem até acharmos vocês.... está tudo bem agora. 
-Samantha.... Eles nos aplicaram uma droga..... só que nela foi mais de uma vez..... eles... 
-Está tudo bem Norito! Vou fazê-los pagar... 
-Desculpe..... 
Samantha pega uma arma do porta luvas e diz. 
-Consegue atirar?? 
-Acho que sim.... 
Norito pega a arma e atira pela janela em um carro que estava seguindo-os. 
-Não vou conseguir pegá-los..... - Norito reclama. 
-Não faz mal - pega uma granada, ativa e joga pela janela - segure-se. 
Quando a granada explode, a traseira do carro levanta um pouco e Norito aperta Marina contra si. 
-Nada como uma boa granada. - Samantha fala e sorri. 
*Samantha...... Samantha...... Quem...?*

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