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domingo, 3 de junho de 2012

Choro de um Yakuza - 4° Capítulo


4. Samara
            Em um campo verde enorme, havia uma casa e alguns metros dela esta Samantha trabalhando em seu laptop em uma mesa com coberta. Em cima da mesa havia um drink e um jarro de flores. Samantha está vestida com uma camiseta, tênis e calça comprida. Seu cabelo amarrado e óculos escuros estavam lhe dando o charme perfeito. Alguns metros distante dela estão Tsune de terno e Marina de blazer, na frente deles algumas armas e bem distante deles os alvos.
-Por que nesse sol temos que ficar com essas roupas enquanto a princesinha fica mais confortável?
-Você mesma se respondeu....ela é uma princesa, diria, Rainha. – Tsune fala – o que já aprendeu do trabalho?
-Emprestamos dinheiro e cobramos. Agiota. No caso somos gangster?
-Não é pra tanto... – se apoia na mesa – nosso trabalho se concentra em tratar de negócios pacificamente, porém, á vezes que as coisas não saem tão pacíficas.
-Por isso meu curativo.
-Isso mesmo, mas, falando da chefe agora.....isso foi um momento de descuido dela.
-Quanto tempo vocês se conhecem?
-Desde pirralhos. Eu cresci com ela. Não é por nada, mas, ela tem essa aura de “siga-me” ao seu redor. Ela dá a sua vida por você. No final, dinheiro ou sua alma, você sempre deve algo á ela.
-Estranho... – ri.
-Lhe ensino Karate, um pouco de judô e briga de rua depois, agora, uma arma quase sempre salva uma vida. – segura uma.
-Não gosto de armas.
-Não goste... – olhando para Marina estende a mão e atira na direção do alvo – admire.
            O alvo havia sido acertado na cabeça.
-Sem nem mesmo olhar....incrivel.
            Marina coloca uma proteção nos ouvidos, ouve algumas instruções de Tsune e começa a atirar com medo. Na mesa, Samantha olha para Marina atirando e não consegue tirar seus olhos da garota. Seu telefone toca.
-Diz. – Samantha atende.
-Samantha, onde está? – uma voz feminina pergunta.
-Isso não vos interessa.
-Não sejas grossa!
-Ah... – desliga.
            O telefone toca outra fez.
-Hum?? – Samantha atende.
-Ouvi dizer que está com um novo brinquedo...é verdade? – uma voz masculina pergunta.
-Não é da sua conta. Tem o carregamento?
-Vai chegar amanhã no seu escritório, espero que goste.
-Sempre gosto do que me manda Fábio.
-Ora, estou com um novo modelo de Pistola, se quiser dar uma olhada.... – Fábio espirra.
-Fica pra próxima, tenho que cortar despesas.
-Te vejo depois.
-Até.
            Samantha desliga o telefone e o encosta nos lábios.
-Ela tem medo....não vai conseguir.
            Uma mão retira o telefone de suas mãos e diz.
-Que garota grossa você é.
            Samantha olha para a dona da mão. Uma mulher mais velha que Samantha, com pose de prostituta, ruiva e feia. Samantha se levanta, pega o laptop, Norito aparece e diz.
-Algum problema Aniki?
-Não... – entrega o laptop á Norito – leve pro carro.
-Como desejar.
            Um longo suspiro se é ouvido de Samantha e a mulher diz.
-Não vai dizer nem olá para a sua madrasta?
-Por que.... – franze as sobrancelhas – eu tenho que perder meu tempo com você?
-Por que tem que ser tão mal educada? Sua mãe não lhe ensinou o devido respeito?!
            Samantha que estava começando a sua, olha para a mulher, pega o seu drink e diz.
-Vou quebrar algo em você se citar minha mãe outra vez.
-Do que está falando porquinha? Escute aqui, você não tem o direito de falar assim comigo, está me entendendo!?
-Dane-se, ganha dinheiro chupando caras e sou eu quem leva a culpa?
-Sua moleca mimada! – tenta bater em Samantha, essa que, esquiva.
-Você jura que vou deixa-la bater em mim....em meu – toma o resto do drink – lindo corpinho?
-Pegue seu rabo e volte para o lado de sua mamãe querida, que, se Deus quiser, se encontra no inferno e vê se aprende bons modos com ela lá!
            Calmamente, Samantha quebra o copo do drink na cabeça de sua madrasta. Que cai sentada no chão atordoada.
-Primeiro, é você quem precisa de educação, segundo, eu avisei, terceiro, da próxima vez, eu te mato.
            Um pouco suada, Samantha vai até onde Tsune e Marina estão. Marina acerta em um ponto vital do alvo e comemora.
-Consegui!
-Bom trabalho! – Tsune sorri.
            Ao chegar, Samantha pega uma das armas, engatilha e descarrega totalmente na cabeça de um dos alvos. Seus lábios não demonstravam emoção, Tsune olha para trás e vê a Madrasta de Samantha se levantando, Marina abaixa a arma e diz.
-Quando poderei fica assim? – tentando disfarçar.
-Quando perder o medo que tem de armas.
            Marina engole seco.
-Tire-me daqui Tsune, vocês continuam amanhã. Marina desmarque todos os meus compromissos de hoje.
-Hã? Por que? Nã.... – é interrompida.
-Claro Aniki, faremos imediatamente!
            Em casa, Samantha toma banho, veste um short e uma blusa. Coloca a toalha ao redor do pescoço e senta-se no chão, encostada na cama. Ao ver essa cena, Marina senta-se atrás dela e começa a secar os longos cabelos de Samantha.
-O que aconteceu? – Marina pergunta – você está tão triste. Lembrou algo ruim?
            Samantha se assusta e diz sorrindo.
-Bingo.
-O que aconteceu?
-Marina, me beije.
-O que?! – se assusta.
-Me beije – deita sua cabeça para trás e fecha os olhos.
-Isso é uma ordem?
-Se fosse, á cumpriria?
-Não estamos no escritório então.....
-Mas, continua sendo minha babá.
-Isso não vem ao caso...
            Samantha abre os olhos e o telefone começa a tocar.
-O telefone.... – Marina diz e ameaça levantar.
-Deixe tocar – levanta-se e deita Marina na cama – estamos ocupadas agora.
-‘Deitada na cama da minha chefe com ela por cima de mim.......que tipo de “trabalho” temos aqui?’ Chefe....
            Devagar, Samantha coloca sua boca no ouvido de Marina.
-Prefiro quando me chama de outra forma...
-Ah.... – cora e fica com vergonha – Samantha.....o telefone....
-Shii... – olha nos olhos de Marina – deixe tocar. – ajeita o cabelo e a beija.
            O cabelo de Samantha estava cobrindo as laterais de Marina, parecia um casulo feito de cabelos. Após um longo beijo – e o telefone parar de tocar – Samantha ergue-se e pergunta.
-Então, vai aceitar o cargo?
-‘Ela beija tão bem que é quase impossível negar’ Somos mulheres.
-E daí? Não é por ser mulher – coloca o cabelo atrás da orelha – que eu não possa lhe gerar prazer e você idem.
-Do qu.... – é interrompida.
            Samantha coloca o dedo nos lábios de Marina.
-Pense com cautela, da próxima vez que eu avançar, se me rejeitar, eu entenderei.
            De repente ouve-se a porta principal do apartamento abrindo e uma voz feminina.
-Aloooo! Saman-Chan!
            Samantha se assusta, pula da cama, amarra o cabelo e faz um sinal de silencio para Marina, que se levanta ficando em pé ao seu lado. Logo depois esse ocorrido, uma garota um pouco mais alta que Marina, loira e muito bonita entra no quarto dizendo.
-Saman-chan querida.... – vê Samantha – então aqui está você.
-O que quer Samara? – Samantha suspira e pergunta.
-Quando soube que tinha um novo brinquedo, não pude resistir em vir...
-Hum...
            Samara olha para Marina dos pés á cabeça.
-Então, é ela. Você já teve gostos melhores.
-Do que está falando? – Samantha pergunta perdida.
            Marina não estava entendendo nada da conversa, sem mais nem menos, Samara aponta para ela e diz.
-Você não combina com ela e não vai ficar com um pedacinho sequer de Samantha, fui clara?!
            Marina olha assustada para Samantha, que, fecha os olhos e tenta manter o controle.
*Mas o que diabos essa mulher.....quem ela pensa que é? Por que Samantha não está dizendo nada? Afinal, foi ela quem me beijou, ela me contratou.....não entendo mais nada!*

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